No Festival de Cannes 2022, a grande chamada “As estrelas se alinham em Cannes, estabelecendo o jogo como o meio de publicidade que todos esperávamos” colocou luz sobre esta nova mídia. E assim fomos vendo nos principais eventos de inovação de 2023 o protagonismo do Game, em especial junto à geração Z.
O painel “All About Games. Data, Trends, and What’s Next for 2023” de Joost van Dreunen, acadêmico e empreendedor com uma expertise em jogos eletrônicos, autor do livro One Up: Creativity, Competition, and the Global Business of Video Games, apresentou as principais tendências da indústria de jogos para o ano de 2023 e além.
Para Joost, o futuro da indústria de jogos depende da capacidade das empresas de criarem algo radicalmente novo e se adaptarem às novas demandas dos consumidores. Ele mencionou algumas tendências que podem moldar o mercado nos próximos anos:
- A crescente participação das mulheres na produção e no consumo de jogos;
- A sindicalização dos trabalhadores da indústria como uma forma de garantir melhores condições laborais;
- A utilização da inteligência artificial generativa para criar conteúdo personalizado e dinâmico para os jogadores;
- A integração dos jogos com outras formas de entretenimento, como filmes, séries e podcasts;
- A expansão dos mercados emergentes, como China, Índia e Brasil.
No South Summit, alguns painéis reuniram os protagonistas deste tema em ebulição e todos ressaltaram a importância do mercado brasileiro em games e o potencial que ainda tem para ser explorado por aqui.
No Rio2C, a grande pergunta que fez a plateia se mover nas cadeiras foi “Quantas fases faltam para o protagonismo dos games nas verbas das marcas”, reforçando o espaço que os jogos ocupam na vida das pessoas e de como devem ser considerados no momento de definir a forma de impactar estes jogadores, que também são consumidores e, que estão cada vez menos expostos às outras mídias.
Os últimos anos foram focados em falar sobre o perfil dos jogadores, o tamanho do mercado, o tempo dedicado aos jogos, a oportunidade de veicular as marcas nos jogos e educar os anunciantes sobre as ofertas, em especial sobre as características e diferenças entre jogos e outros canais de anúncios digitais e a enorme lacuna de investimento em comparação com o tamanho do público.
Neste ano, o IAB convocou o ecossistema para revisarem e definirem as métricas dos jogos, ampliando a segurança das marcas nestes ambientes.
A cada dia surgem empresas relacionadas a este universo, sejam estúdios, verificadores, pesquisas e dados, influenciadores, eventos, produtos e serviços.
Está claro que Games é um grande negócio, mas fica a dúvida se a maioria das grandes marcas estão prontas para apostar. O que falta? Inserir os games nos planos de mídia demandam um entendimento do target e dos universos dos fãs dos diferentes tipos de jogos, mas não se compra estes espaços da maneira tradicional, por isto as empresas que vendem publicidade acabam sendo consultoras do melhor mix de jogos a serem definidos no plano.
E a publicidade intrÍnseca em games é uma forma ágil, barata e definitiva para as marcas fazerem parte, testando a aderência com sues públicos prioritários.